Roberta Sta Cruz

Com a construção de 122 novas usinas, as termelétricas à base de combustíveis fósseis devem aumentar sua participação na matriz de energia elétrica brasileira nos próximos três anos. Enquanto isso, a participação das hidrelétricas deve cair, mesmo com a construção de 311 novas usinas. Como resultado, a matriz brasileira, frequentemente elogiada por explorar fontes renováveis, deve aumentar sua dependência de recursos não-renováveis e mais poluentes, como petróleo e gás. Os dados constam de estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Brasil tem atualmente a matriz energética com menor nível de emissão de gases de efeito estufa entre os países industrializados. As fontes renováveis representam 45,9% da oferta de energia interna do Brasil, uma média muito superior à do resto do planeta, de apenas 12,9%. A previsão é de que o consumo de fontes fósseis no país aumente para 1,49 tep, seguindo tendência mundial apontada pela Agência Internacional de Energia.
Energia eólica — O que pode ajudar a frear a dependência do petróleo são as energias alternativas. O número de usinas eólicas no Brasil deve dobrar nos próximos quatro anos, das atuais 45 para 86, fazendo a participação da energia gerada pelos ventos saltar de 0,7% para 2,1% do total da matriz de energia elétrica do país, quase a mesma participação da energia nuclear, que, se concretizada a construção de Angra 3, aumentaria de 1,8% para 2,3%.
Segundo o Ipea, o crescimento da energia eólica se baseia em incentivos dados pelo governo para este tipo de energia. “Antigamente, se dizia que a energia eólica não valia a pena por seu alto custo. Hoje, isso não é mais verdade: os equipamentos não só se baratearam como se tornaram mais eficientes, sendo possível produzir energia de ventos relativamente lentos”, diz o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Antenor Lopes. “No Brasil, já existe uma corrida em busca dessa energia em lugares como a Bahia e a região sul do País”, acrescenta.
Energia solar - Se aprovado o Projeto de Lei 630/2003, que atualmente está na Câmara dos Deputados, o setor de energia eólica deve ganhar um impulso extra: um fundo especial para pesquisa e produção. Este fundo também beneficiaria a energia solar, que apresenta atualmente uma participação irrisória, não chegando a 0,1% da matriz. O Ipea atribui seu baixo desempenho ao alto custo e ao estágio inicial de desenvolvimento da tecnologia. “Considera-se somente o fator econômico direto como um impeditivo para o setor, mas devem-se averiguar também suas vantagens em termos ambientais e, em longo prazo, de geração de empregos”, argumenta Lopes.
Bagaço e capim — No futuro, espera-se que o equilíbrio brasileiro, a despeito da crescente dependência de combustíveis fósseis, se mantenha graças a três fontes promissoras: as termelétricas à base de bagaço de cana, o capim elefante e a energia eólica. Quanto ao capim elefante, diz Lopes, ele ainda não é significativo na matriz energética, mas apresenta grande potencial e deve começar a aparecer nas estatísticas nos próximos anos. “Ele é muito parecido com a cana-de-açúcar, possui um teor energético muito elevado e tem ainda a vantagem de ter uma produtividade por área muito maior que a da cana”, defende.


Roberta Sta Cruz
Cedae encontra "gato" em condomínio de luxo na Barra
Policiais da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e técnicos da Assessoria de Segurança Empresarial da Nova Cedae encontraram nesta sexta-feira (11/02) ligações clandestinas num condomínio de luxo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. O local é reincidente: em abril de 2008 foi flagrado utilizando-se de “gato” para levar água a suas dependências.

Localizado na Avenida das Américas, 20.041, o Condomínio Serra e Mar, mantinha ligação clandestina de meia polegada de diâmetro na praça de recreação (com chuveiro e duas torneiras). Construído em 1992, ficou até 2008 consumindo água da Cedae sem ter sequer cadastro.

No mesmo condomínio, mas com entrada pelo nº 19.023, uma casa duplex também vinha sendo abastecida por “gato” de ¾ de polegada de diâmetro. No imóvel, que tem duas caixas d´água de mil litros e uma cisterna de 15 mil litros, está sendo construída uma piscina. A casa não tem matrícula na Cedae. O proprietário do imóvel e o síndico do condomínio foram intimados a comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos.
Roberta Sta Cruz
A Cedae iniciou nesta terça-feira (08/02), às 10h30, na Rua Jaime Perdigão, no Jardim Carioca, as obras do novo sistema de abastecimento da Ilha do Governador. Com investimento da ordem de R$ 8 milhões, as intervenções no bairro beneficiarão diretamente cerca de 80 mil habitantes.

O projeto consiste na instalação de mais 2.550 metros de tubulação em ferro fundido, com 400 mm de diâmetro, totalizando 4,6 mil metros de extensão, complementando a linha de recalque entre a Elevatória Guarabu e o Reservatório do Barão. Com mais válvulas, registros e bombas, o sistema de abastecimento ganhará eficiência, pois terá condições de fazer uma melhor distribuição da água no bairro.

 - Para se ter uma idéia, o Reservatório do Barão, hoje subutilizado, passará a receber água da Elevatória do Guarabu todos os dias da semana e não em apenas dois. Isto trará melhorias à Praia da Rosa, Tauá, Bancários, Freguesia e Bananal - adiantou o presidente da Cedae, Wagner Victer, acrescentando que esta obra é aguardada há cerca de 25 anos pela população local.
                                                                                                                                      
A Elevatória do Guarabu também passará por reforma no seu sistema de bombeamento, com fornecimento e instalação de conjunto de moto-bomba centrífuga com potência de 50HP. Serão instaladas unidades remotas de telemetria para o monitoramente à distância do sistema de abastecimento. 

A obra, com financiamento da Caixa Econômica Federal, resulta de parceria entre Estado e União, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A solenidade contará ainda com as presenças do vice-governador Luiz Fernando de Souza Pezão, do presidente da Cedae, Wagner Victer, e do subprefeito da Ilha do Governador, Victor Accioly.

Nada de comemoração, vamos aguardar a conclusão da obra para saber se foi mais uma obra eleitoreira ou se de fato os problemas acabarão.